Exercícios resistidos em ratos melhoram a função e a vitalidade das células produtoras de insulina no pâncreas.
Gabriela Alves Bronczek, Gabriela Moreira Soares, Carine Marmentini,
Antonio Carlos Boschero, José Maria Costa-Júnior.
Int. J. Mol. Sci. 2022, 23, 9427. https://doi.org/10.3390/ijms23169427
Comentários: José Maria Santarem
Está bem documentado que exercícios físicos em geral são importantes para o bom controle do diabetes mellitus. Exercícios aeróbicos promovem a homeostase da glicose, melhoram a função das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), e aumentam a sobrevida das pessoas. No entanto, esses exercícios apresentam alto risco de hipoglicemia, principalmente em diabéticos do tipo I.
Por outro lado, os exercícios resistidos têm os mesmos benefícios, são mais eficientes para promover a homeostase da glicose, para diminuir a glicemia de jejum, aumentar a insulinemia e diminuir os níveis de hemoglobina glicada, sendo menos propensos a induzir hipoglicemia.
Ratos treinados contra resistências produzem mais insulina ante o estímulo da glicose e o soro desses animais, quando colocados em cultura de células beta, protegem essas células de agressores como as citocinas pró-inflamatórias e aumentam a sua sobrevida. Esses ratos também apresentam células beta com maior volume e em maior número nas ilhotas pancreáticas.
Neste trabalho uma cultura de células beta foi estudada após a adição de soro de ratos treinados contra resistência. Esse soro aumentou a expressão dos transportadores de glicose e da enzima que quebra a glicose, e também reduziu a lesão e morte celular induzida por citocinas pró-inflamatórias.
Este trabalho reforça o conceito de outros anteriores no sentido de que o treinamento resistido seja importante para proteger as células beta, melhorar a sua função e aumentar a sua sobrevida (apoptose) no contexto do diabetes.
Metodologia, tabelas, gráficos e bibliografia encontram-se no artigo original.